Um presente nos foi dado: O Amor se fez homem! (Hoje é Natal do Senhor...)

Salve Roma!

"No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la...

A Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram...

E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade...

A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer..."

(Trechos do Evangelho de João, capítulo primeiro)

Alegrai-vos e exultai!

Toda a tristeza que acompanha (va) a existência do homem pode e deve dar lugar à verdadeira e perfeita alegria... Pois um presente nos foi dado!

A promessa feita a Abraão e a sua descendência foi cumprida...

A profecia anunciada pelos profetas foi realizada...

O Amor se encarnou e veio ser um de nós...

E como bem diz o admirável G. K. Chesterton:

"...as mãos que fizeram o sol e as estrelas eram pequenas demais para alcançar as cabeças enormes do gado ao redor."

Mas, foi exatamente nessa estrondosa fragilidade que Ele veio ao mundo...

O Deus que tudo criou e que é Todo-Poderoso estava ali indefeso, em total dependência do cuidado de seus pais: Maria, a Sempre Virgem e Escolhida e José, o Bom carpinteiro que o adotou...

E assim já com todo esse nível de "contradição humana" desde o início foi sendo consumada a história da nossa redenção... "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho único..." (Jo 3,16)

Cantemos a plenos pulmões e a uma só voz, como fizeram os anjos do Céu naquela noite:

Glória a Deus nas alturas!

E paz na terra aos homens de boa vontade!

(Lucas 2,14)

Não, não paremos na margem, nas coisas passageiras, no consumismo desenfreado embalado ao som do hohoho do "Papai Noel da Coca cola"... Nas fartas ceias das "boas festas" apenas, sem oração, sem a mínima menção ou sequer lembrança do motivo pelo qual o Natal existe...

Vivamos o verdadeiro Natal do Senhor! Abramos o nosso coração, a nossa vida, a nossa casa para receber não a "magia do natal", mas o Amor que se fez homem, habitou entre nós e está batendo a nossa porta... Não façamos como os habitantes de Belém, não mandemos que ele passe além de nós...

Antes digamos com a Igreja que espera a sua vinda gloriosa e definitiva:

Ó Ó veni veni Emmanuel!