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RELIGIÃO E POLÍTICA SE MISTURAM?

Salve Roma!

"Feliz a nação cujo Deus é Javé, o povo que Ele escolheu como herança." (Salmos 33,12)



Bem. Essas duas coisas são extremamente importantes para nossas vidas e precisam estar sempre unidas... E no nosso caso o que vale é  a Doutrina Social da Igreja!

"O cidadão é obrigado em consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis quando estes preceitos são contrários as exigências da ordem moral, aos direitos fundamentais das pessoas ou aos ensinamentos do Evangelho. A recusa de obediência as autoridades civis, quando suas exigências são contrarias as da reta consciência, funda-se na distinção entre o serviço a Deus e o serviço a comunidade politica, "Dai a Cesar o que e de Cesar e a Deus o que e de Deus" (Mt 22,21). 'E preciso obedecer antes a Deus que aos homens" (At 5,29): Se a autoridade publica, exorbitando de sua competência, oprimir os cidadãos, estes não recusem o que é objetivamente exigido pelo bem comum; contudo, é licito defenderem os seus direitos e os de seus concidadãos contra os abusos do poder, guardados os limites traçados pela lei natural e pela lei evangélica." (CIC 2242.)





"É difícil, efetivamente, precisar com exatidão os direitos e os deveres que devem ao mesmo tempo reger a riqueza e o proletariado, o capital e o trabalho. Por outro lado, o problema não é sem perigos, porque não poucas vezes homens turbulentos e astuciosos procuram desvirtuar-lhe o sentido e aproveitam-no para excitar as multidões e fomentar desordens." 
(Carta Encíclica Rerum Novarum nº 1- Leão XIII)

 O princípio máximo é a promoção da dignidade humana! 

Devemos buscar mudar a sociedade com os valores do Evangelho de Cristo! Porém não pensem que essa visão social da Igreja é uma terceira via política, além do Capitalismo e do Socialismo. Pois se trata da primeira possibilidade (1ª via), pois se originou da pregação da Boa Nova, sendo a única forma de justiça social real e plena. A forma capitalista leva à injustiça social e a maneira comunista leva ao justiçamento ou igualização forçada de todos... Isso, penso eu, está bem claro!



A função da Doutrina Social da Igreja é anunciar a visão global do homem e da humanidade e ao mesmo denunciar o pecado da injustiça que atravessa a sociedade.
Não se trata de uma ideologia! Na verdade, ela concorda em vários pontos com as ideologias e doutrinas políticas existentes, mas sempre se posicionará contra os desvios tortuosos destas. A doutrina social da Igreja “situa-se no cruzamento da vida e da consciência cristã com as situações do mundo e exprime-se nos esforços que indivíduos, famílias, agentes culturais e sociais, políticos e homens de Estado realizam para lhe dar forma e aplicação na história” (João Paulo II, Carta encicl. Centesimus annus, 59)

Os princípios da DSI são:

- Dignidade da pessoa humana 
"A Igreja não pensa em primeiro lugar no Estado, no partido ou no grupo étnico. Pensa na pessoa como ser único e irrepetível, criado à imagem de Deus. Uma sociedade só será justa se souber respeitar a dignidade de cada pessoa. Portanto, a ordem social e o progresso devem ordenar-se segundo o bem das pessoas, pois a organização das coisas deve subordinar-se à ordem das pessoas e não o contrário." (Gaudium et spes, 26).



- O Bem Comum
"Para se colocar autenticamente ao serviço do ser humano, a sociedade deve colocar como meta o bem comum, enquanto bem de todos os homens e do homem todo" (CIC, 1912).


- Subsidiaridade
O objetivo fundamental deste princípio é garantir o protagonismo da pessoa na sua vida pessoal e social. Ele protege as pessoas dos abusos das instâncias sociais superiores – por exemplo, do Estado – e solicita que as instâncias superiores ajudem os indivíduos e grupos intermediários a desempenhar suas próprias funções (CDSI, 187).



- Solidariedade
A solidariedade não é um simples sentimento de compaixão pelos males sofridos por tantas pessoas próximas ou distantes. É a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem de todos e de cada um, porque “todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos” (Sollicitudo rei socialis, 38).


Não esqueçam também disso:

"Façam os governantes uso da autoridade protetora das leis e das instituições; lembrem-se os ricos e os patrões dos seus deveres; tratem os operários, cuja sorte está em jogo, dos seus interesses pelas vias legítimas; e, visto que só a religião, como dissemos no princípio, é capaz de arrancar o mal pela raiz, lembrem-se todos de que a primeira coisa a fazer é a restauração dos costumes cristãos, sem os quais os meios mais eficazes sugeridos pela prudência humana serão pouco aptos para produzir salutares resultados. Quanto à Igreja, a sua acção jamais faltará por qualquer modo, e será tanto mais fecunda, quanto mais livremente se possa desenvolver." (Carta Encíclica Rerum Novarum nº 35- Leão XIII)

"A consciência cristã bem formada não permite a ninguém favorecer, com o próprio voto, a atuação de um programa político ou de uma só lei, onde os conteúdos fundamentais da fé e da moral sejam subvertidos com a apresentação de propostas alternativas ou contrárias aos mesmos." - Congregação para a Doutrina da Fé, Nota Doutrinal sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política.


 Por isso, a doutrina social implica “responsabilidades referentes à construção, à organização e ao funcionamento da sociedade: obrigações políticas, econômicas, administrativas, vale dizer, de natureza secular, que pertencem aos fiéis leigos, não aos sacerdotes e aos religiosos” (CDSI, 83).





“O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos conforme a justiça e com a ajuda da caridade. (CIC §2459)


“Este trabalho político não é competência imediata da Igreja. O respeito de uma sã laicidade – até mesmo com a pluralidade das posições políticas – é essencial na tradição cristã autêntica. Se a Igreja começasse a se transformar diretamente em sujeito político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas faria menos, porque perderia sua independência e sua autoridade moral, identificando-se com uma única via política e com posições parciais opináveis. A Igreja é advogada da justiça e dos pobres, precisamente ao não identificar-se com os políticos nem com os interesses de partido. Só sendo independente pode ensinar os grandes critérios e os valores irrevogáveis, orientar as consciências e oferecer uma opção de vida que vai além do âmbito político”.

(Bento XVI, Aparecida, 13-5-2007, Disc. Inaug. do CELAM).



A Igreja de Cristo nunca foi, não é e não pode ser jamais partidária... A Igreja deve defender o povo sim e esclarecer-lhe sobre questões políticas à luz da Fé... Todavia, nunca deve apoiar politicagens e projetos de poder!  
Cristo não quis ser rei aqui, Cristo não fez revolução política... Então por que seu Corpo o faria?

E nada de "é pelos pobis!" pelo amor de Deus!


Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat! – Vive Christus Rex!


Até o próximo post irmãos! Salve Maria!

Fontes: 
Catecismo da Igreja Católica,
 BíbliaCatólica.com, Prof. Felipe Aquino,  
Aleteia.org e 
Encíclicas: Rerum Novarum, Sollicitudo rei socialis, Gaudium et spes e Centesimus annus.



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